Dicas para evitar problemas no período de chuva

Com o período de chuvas é melhor começar a pensar em se prevenir de um problema muito comum nesta época do ano: as goteiras e infiltrações, causadas por rachaduras, trincas e falta de impermeabilização das estruturas.

O teto que não pára de pingar, as paredes que se enchem de mofo e aquela pequena cascata embaixo da janela são alguns dos transtornos causados pelas chuvas. A melhor forma de evitar que isso aconteça é a manutenção preventiva.

Checar fissuras na parede, tanto na área externa quanto interna, rejuntes mal-feitos em áreas molhadas como banheiros e calhas entupidas em casas são alguns dos cuidados necessários para evitar futuras infiltrações.

Outras regiões também estão sujeitas a esses problemas, como paredes próximas a banheiros, o teto dos últimos andares por causa da rede hidráulica, telhados, além de áreas com piscina e próximas a caixas d'água ou cisternas$1, adverte o gerente da Oficina SOS, o engenheiro Luiz Barney Santos de Brito.

Despesa

Fissuras externas em prédios e dentro das áreas comuns, em sua maioria, são despesas de condomínio e devem ser periodicamente avaliadas. Sem esse cuidado, há o risco de que uma despesa maior aconteça, podendo chegar ao ponto de comprometer a estrutura, principalmente em edifícios mais antigos.

Afinal, a diferença entre prevenir e remediar também está no preço. Segundo Brito, o desentupimento preventivo de calhas sai por uma média de R$ 50, enquanto que o desentupimento em uma calha com problema sai por R$ 80. Já um reparo que necessite de imperbeabilização, de um local que não recebeu o tratamento durante a obra, pode sair entre R$ 500 e R$ 600.

Cuidado deve ser redobrado com pilares, vigas e paredes estruturais

Um vazamento, se não forem tomadas as devidas precauções, pode se transformar em risco para a estrutura de uma edificação, além de pesar no orçamento. Por isso, o cuidado com rachaduras e trincas em pontos elementares como pilares, vigas e paredes estruturais deve ser redobrado.

O que parece ser uma simples rachadura ou uma trinca sem maior importância na parede próxima a uma dessas estruturas, principalmente em áreas externas, com o passar dos anos e o recebimento das águas das chuvas pode infiltrar e atravessar a ferragem mais exposta.

Ferragem

"A água passa pelo concreto e aumenta o volume da ferragem, fazendo com que o material 'estoure'. Com isso, o concreto se solta da ferragem, diminuindo a área de contato e comprometendo a estrutura", adverte o engenheiro civil Marco Aurélio Ribeiro Brunetti.

Como a Grande Vitória está próxima do mar, é preciso também se prevenir com relação à maresia. "Durante a obra, antes de concretar, na ferragem, o contato entre o concreto e o ferro da estrutura deve ser isolado, para evitar infiltrações", aconselha Brunetti.

Risco

Obras inacabadas devem também ter uma atenção especial, já que podem acumular diversos pontos de risco para o morador.

O correto é fazer um novo estudo da estrutura, com a avaliação de profissionais responsáveis, na hora de continuar a obra, para definir as áreas comprometidas, como ferragens.

Fique por dentro

Alguns problemas comuns e métodos para solucioná-los

Descarga inteligente. A descarga com dois dispositivos (um de 2 litros e outro de 4 litros) racionaliza os gastos

Umidade ascendente. Tintura descascando e marcas de mofo nas áreas mais próximas ao chão, principalmente nos rodapés, que podem apodrecer quando são de madeira. Nesses casos, a solução é impermeabilizar a área externa da edificação, onde o solo faz contato com a estrutura em uma altura de até 50cm.

Água entrando pelas frestas da janela. Formação de mofo e estufamento da tinta. Formação de uma mancha na parede, durante as chuvas, na área onde a água infiltra. A solução é vedar a cada dois anos com selantes de silicone, adesivos acrílicos ou poliuretano o espaço entre o caixilho e a parede.

Laje trincada. Goteiras e teto úmido, com tinta descascando. A solução é fechar as rachaduras e aplicar uma manta impermeabilizante em toda a laje, já que é um tipo de problema que pode se alastrar.

Telhado com goteiras. A água passa entre as frestas do telhado. Para corrigir esse problema, utilize uma cobertura antes do telhado, com as telhas seguindo a inclinação correta.

Piscinas e lajes de cobertura vazando. Problemas de impermeabilização. Podem causar consumo excessivo de água. O ideal é impermeabilizar piscinas ou reservatórios enterrados com argamassa polimérica ou resinas termoplásticas, caso sejam construídos em concreto. Do contrário, o recomendável é a utilização de mantas asfálticas pré-fabricadas.

Número

500 reais

É o valor mínimo que você vai gastar para fazer um reparo de impermeabilização.Com o período de chuvas é melhor começar a pensar em se prevenir de um problema muito comum nesta época do ano: as goteiras e infiltrações, causadas por rachaduras, trincas e falta de impermeabilização das estruturas.